Frente ao Antropoceno, é urgente que se dê voz e espaço para outras narrativas e formas de se relacionar com a natureza ao redor. A relação simbólica entre as mulheres quilombolas e as plantas manifesta um profundo conhecimento histórico que há de ser escutado. Identificar o saber milenar entre mulheres quilombolas como uma territorialidade, significa legitimar e fortalecer a cultura desse grupo, que por muito tempo foi marginalizado. A partir da investigação acerca das relações entre quilombolas e a natureza, tornam-se mais fáceis os diálogos entre gestores (do Parque Estadual da Pedra Branca, especialmente) e a comunidade. Pesquisas de cunho etnobotânico, permitem um melhor entendimento das formas pelas quais as pessoas pensam, classificam, controlam, manipulam e utilizam espécies de plantas e comunidades. Podem ajudar planejadores, agências de desenvolvimento, organizações, governos e comunidades a conceber e implementar práticas de conservação e desenvolvimento . Essa ciência facilita o diálogo e a troca entre especialistas e outros atores sociais, a fim de gerar novas formas de conhecimento e de novas demandas filosóficas, éticas, epistemológicas e institucionais.

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Este projeto apresenta como questão geral: Quais são/como se dão as relações entre as mulheres e as plantas no Quilombo Cafundá Astrogilda? Como objetivo geral busca investigar a relação simbólica-afetiva entre as mulheres e as plantas no Quilombo Cafundá Astrogilda.