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Livros

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A prática de pesquisa em Geografia Física e em ciências correlatas tem um quê de “ciência dura”. Não raramente as ferramentas utilizadas fazem uso de equações de estatística, acompanham pela Química os fluxos de nutrientes e se debruçam nos processos de formação e constituição do solo e das rochas. Mas no LaBEH já há algum tempo procuramos uma visão, se não holística, que pelo menos contemple as complexas relações e processos que se passam na interface do mundo humano e do mundo não-humano. Diante de uma realidade tão híbrida dessas duas forças, entendemos que nenhuma disciplina por si só dá conta de sua complexidade. Mas ainda assim, guardamos as nossas raízes e mantemos um pé nas humanidades, outro nas ciências físico-ambientais. Foi, portanto, um desafio colocarmos o produto de nossas pesquisas em um viés literário, onde a ficção ficou ao lado da pesquisa histórica e o conto com o conhecimento produzido em Ecologia. A paisagem, um ente comum a diversas disciplinas, acaba sendo o palco das histórias que seguem. Para nós, a abertura representada pela entrada no mundo da ficção foi ao mesmo tempo um desafio e uma nova experiência, assim como fazê-la em uma perspectiva interdisciplinar, ao lado dos nossos colegas do iiLer.

Organizadores: Gilda Carvalho e Rogério Oliveira

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Poucas vezes ao longo da sua história a cidade do Rio de Janeiro viveu períodos de tamanha transformação quanto na atualidade. O livro Paisagens do sertão carioca: floresta e cidade relata como o Maciço da Pedra Branca, apesar de ser a principal área de expansão urbana, guarda, no seu espaço, traços de um conflito rural-urbano.

Conflitos e direitos socioambientais, arqueologia da paisagem, etno-hidrologia, etnobotânica, construção social de um território agroecológico, saberes locais. Esses são alguns dos conceitos que vêm sendo desenvolvidos pelos autores convidados, e que, reunificados nessa obra, contribuem para um melhor entendimento desses processos sociais e ecológicos que vêm ocorrendo na região.

Ao reunir os 13 artigos em uma obra coletiva, os organizadores, Rogério Oliveira e Annelise Fernandez, propõem uma visita a este espaço buscando resgatar valores, fixar conceitos importantes e dar voz a numerosos grupos sociais que têm por lugar as montanhas da zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Uma região que, aparentemente, permanece desabitada e alheia à transformação por que passa a cidade.

Organizadores: Rogério Oliveira e Annelise Fernandez

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Geografia histórica do café no Vale do Rio Paraíba do Sul traz reflexões, estudos e propostas de revitalização e sustentabilidade para a região do Vale do Paraíba. A obra percorre a história da passagem do café pelo Vale do Rio Paraíba mostrando tanto o olhar geográfico e histórico ambiental quanto os custos ecológicos e sociais acarretados no período.

O livro é fruto da disciplina Ecologia Histórica do café, ministrada no Programa de Pós-Graduação em Geografia da PUC-Rio. Nela foram feitos vários trabalhos de campo, sendo São José do Barreiro (interior de São Paulo) o verdadeiro centro de operações, onde foi observada a relação da região com o passado, em todas as suas dimensões.

A obra é organizada em quatro partes. A primeira é teórico-metodológica e apresenta alguns embasamentos para os estudos da paisagem. A segunda ocupa-se também da paisagem, mas leva em consideração, principalmente, a presença do café no século XIX. A terceira trata do paleoterritório do café, enfocando resultantes e perspectivas frente a um passado que desconsiderou os alicerces sociais e ecológicos desse empreendimento. Já a quarta e última parte apresenta propostas concretas para a realidade do Vale do Paraíba.

Organizadores: Rogério Oliveira e Adi Lazos

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Com o crescimento desordenado da zona oeste do Rio de Janeiro, muitos geógrafos alertam para que não se repitam erros de ocupação como os que ocorreram na encosta da Tijuca ao longo das últimas décadas. Muito mais que equívocos, as resultantes desse processo de urbanização fornecem e expõem indícios e aspectos culturais da população ocupante. Neste viés, a história não é mais olhada como a história dos indivíduos, dos grupos ou dos estados nacionais, tornando-se, enfim, uma análise dialética entre mudança ambiental e mudança cultural; surge uma nova disciplina: a história ambiental.
As marcas do homem na floresta: história ambiental de um trecho urbano de mata atlântica, publicado pela Editora PUC-Rio, faz uma análise interdisciplinar das resultantes de ocupação históricas na zona oeste do Rio de Janeiro, em especial na região do maciço da Pedra Branca e no bairro do Camorim. Revela que no período colonial, época em que a população da cidade ainda era bastante reduzida, a produção de açúcar exigiu um consumo relativamente alto de recursos florestais; traça, também, o caminho de Magalhães Correia, um dos primeiros a descrever, no periódico O Sertão Carioca, da década de 1930, a vida dos moradores dessa região; e, ainda, fala dos efeitos, para a região, da expansão desordenada de atividades econômicas agro-pastoris das últimas décadas.
O livro, organizado por Rogério Ribeiro de Oliveira, está divido em seis capítulos que, um por um, tratam das marcas deixadas por cada um dos “instrumentos” utilizados pelo homem em sua expansão territorial, tais como a enxada (no desenvolvimento da agricultura), o machado (na época dos engenhos), e a fumaça (que chega com a indústria).

Organizador: Rogério Oliveira

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